Apesar de nem todos terem a oportunidade de ser pais ou mães, todos são, primeiramente, filhos. Anualmente, no dia 23 de setembro, celebra-se o Dia do Filho, a fim de recordar a importância de estreitar os laços familiares. Nos dias de hoje, é comum ver pais que precisam trabalhar e acabam não aproveitando momentos importantes com os filhos. Não é o caso de Ana Derosa, que cuida de Francisco e Joaquim em tempo integral.

A doutora em farmacologia diz que, para ela, a maternidade é muito mais que a realização de um desejo pessoal. "A primeira grande graça é a gente poder contemplar uma realidade que é muito mais profunda que esse materialismo que a gente vive. Às vezes, a gente vê os filhos como um desejo, quando, na verdade, é muito mais do que isso", comenta.

Ana ainda fala sobre o olhar pessimista que, nos últimos tempos, tem pairado sobre a maternidade. Apesar das dificuldades, ela destaca o privilégio de ter filhos. "Se a gente não enxergar como um privilégio, como uma grande missão, a gente acaba se prendendo somente nas dificuldades. Mas dificuldades na vida todo mundo tem e são elas que vão nos amadurecendo, a gente vai aprendendo a desenvolver muitas virtudes. Quando a gente se fecha ao recebimento dos filhos, a gente está se fechando a essa possibilidade de melhorar como pessoa", admite.

Segundo a farmacóloga, participar da vida dos filhos significa fortalecer os laços e a afetividade entre a família, importantes, principalmente, nos primeiros anos da vida da criança. "O que não pode faltar é a demonstração do afeto. As crianças precisam se sentir realmente amadas. Nós demonstramos o amor de diversas formas. Então tudo que a gente faz no intuito de cuidar e contribuir para o bom desenvolvimento também é um ato de amor", finaliza.