Marco Antonio Heredia Viveros, condenado por tentar matar Maria da Penha em 1983, concedeu uma entrevista ao programa Estúdio Cidade desta segunda-feira (6).

Questionado sobre como foi quando começou a divulgar vídeos e publicar livros a respeito do ocorrido, Marco explanou: "Tudo começou no momento em que eu fui condenado por algo que eu nunca cometi". Ele confirmou que começou a escrever os livros enquanto esteve preso. A pena do acusado foi de 8 anos e seis meses de prisão.

Ele afirma que já escreveu 27 livros, todos relacionados ao fato. "Meu propósito sempre foi levar a verdade ao Brasil e ao mundo". Durante a entrevista, Viveros destacou que há grandes possibilidades de reaver o processo pelo qual foi condenado. Durante a entrevista, ele relembrou sua versão da história, já divulgada anteriormente e inclusive publicada no livro "A verdade não contada no caso Maria da Penha".

Marco Antonio diz que sua casa foi invadida por bandidos, e que naquela noite, ele lutou com os suspeitos, que acabaram atirando na sua então esposa, Maria da Penha. Viveros relatou que depois que estava preso, já no ano de 2004, encontrou com um dos bandidos que invadiram sua casa na mesma cadeia em que ele cumpria pena, Segundo ele, o invasor de nome Pablo Maravilha, confessou o crime e que um ex-policial presenciou as falas. Marco alega que seus advogados estão indo atrás deste policial para comprovar a sua versão da história.

Quando questionado sobre o porque Maria da Penha teria imposto o crime a ele, Viveros afirma que ela, ao chegar em casa, já sem parte dos movimentos após o ocorrido, encontrou uma carta escrita por ele para uma outra mulher, com quem mantinha um relacionamento em segredo. "Aí tudo virou e ela começou a me culpar", disse.

Perguntado sobre sua opinião quanto a lei que serve de amparo, Marco Antonio declarou: "O espírto da lei é uma coisa, a aplicação da lei é outra. O espírto desta lei é amparar as mulheres. Mas, nós vemos que aquelas mulheres canalhas, que existem e muitas, vem com respaldo imenso nesta lei, e entram contra os homens e prejudicam crianças e famílias, porque sabe, que esta lei às favorecem".

"Tem muita mulher que precisa da lei, concordo plemanemte. Mas tem muita mulher 'sem vergonha' que está abusando disto", disparou. A entrevista completa pode ser conferida clicando aqui.

Entenda o caso:

A farmacêutica bioquímica Maria da Penha foi baleada com um tiro nas costas enquanto dormia. Ela ficou paraplégica. Quatro meses depois ainda sofreu uma segunda tentativa de assassinato, quando quase foi eletrocutada enquanto tomava banho.

O caso ficou conhecido internacionalmente e o nome de Maria da Penha acabou batizando a lei federal sancionada em 2006 que cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica. Heredia Viveros, com quem Maria da Penha se casou em 1976, foi preso somente em 2002, 19 anos após o crime, tendo sido condenado a 8 anos e seis meses de prisão. Ele já cumpriu a pena.