Estudo de R$ 10 milhões para resolver problemas de transporte continua sem implementação, enquanto a frota de veículos cresce e agrava congestionamentos
O Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis, desenvolvido com um investimento de R$ 10 milhões, completa dez anos sem implementação efetiva. Criado para solucionar os desafios de transporte na região, o Plamus foi anunciado como uma solução pioneira, mas nenhuma das propostas saiu do papel. Os corredores de ônibus e a conectividade tarifária com São José, Palhoça e Biguaçu, previstos no plano, nunca se concretizaram. A análise de viabilidade também concluiu que o transporte marítimo exigiria subsídios governamentais elevados, inviabilizando sua implementação.
A falta de execução do Plamus resultou em um cenário onde o transporte coletivo permanece ineficiente, forçando a população a recorrer ao transporte individual. Esse aumento na frota de carros e motos contribui para o agravamento dos congestionamentos e da poluição, contrariando as expectativas de uma mobilidade urbana mais sustentável e integrada. A ausência de um plano regional efetivo para a mobilidade urbana reflete um crescimento desordenado e a falta de soluções viáveis para a melhoria do transporte coletivo.
Na tentativa de revisar e debater o futuro do Plamus, uma reunião ampliada será realizada nesta quinta-feira (13) às 18h pela bancada parlamentar da Grande Florianópolis. O evento contará com a participação de especialistas como o engenheiro e ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, e o professor Werner Kraus Jr., do Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC.