O Ministério da Saúde (MS), nesta semana, suspendeu a recomendação de aplicação da vacina da Covid-19 para adolescentes sem comorbidades. Agora o órgão pode sofrer uma judicialização por causa da decisão. O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, esclarece o assunto.
O Ministério da Saúde (MS), nesta semana, suspendeu a recomendação de aplicação da vacina da Covid-19 para adolescentes sem comorbidades. O órgão corre risco de sofrer uma judicialização por causa da medida. Em entrevista a Lara Silva, no Notícias da Cidade Edição de Sábado (18), o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, afirma que desde o anúncio todas as sociedades médicas condenaram a posição do Ministério. “Não possuía motivação técnico-científica, foi uma decisão isolada, unilateral e inoportuna tomada pelo ministro da Saúde”, aponta.
Em relação a judicialização, Nésio esclarece que os gestores públicos não podem tomar decisões sem ter um respaldo técnico e administrativo, além de respeitar o interesse público. “Um ministro de Estado não pode ser motivado por rumores ou pela opinião do presidente”, destaca. O secretário relata que o ministro deixou clara a influência do presidente da República para essa decisão. “O enfrentamento da pandemia pode fracassar se não alcançarmos 90% da cobertura vacinal”, alerta. O vice-presidente completa dizendo que para chegar neste número é necessário ter a adesão da vacinação pelo público adolescente.