Domingo, 19 de maio de 2024

COLUNISTAS

Katiane Vieira

Redefinindo a força feminina: entre a resiliência e a vulnerabilidade 

06/03/2024 10h53 | Por: Katiane Vieira

No próximo dia 8 de março estaremos comemorando o Dia Internacional da Mulher, e como hoje é dia de coluna, desejo abrir um diálogo diferente. 
Em um mundo onde a força é frequentemente medida pela capacidade de permanecer inabalável diante das adversidades, o Dia Internacional da Mulher nos convida a refletir sobre a essência da verdadeira força feminina. Não pretendo reiterar as conhecidas conquistas e lutas enfrentadas por nós mulheres, mas sim explorar uma dimensão mais profunda e pessoal da nossa força. Quero falar sobre a dualidade entre a resiliência e a permissão para ser vulnerável, um território muitas vezes inexplorado na nossa jornada de autodescoberta. 

A sociedade tende a pintar o retrato da mulher como um pilar de força inquebrável, uma guerreira que não conhece o cansaço ou o desânimo. No entanto, essa visão unidimensional negligência a rica tapeçaria de sentimentos e experiências que definem a feminilidade. A verdadeira força, argumento eu, reside não apenas na resiliência, mas também na coragem de ser vulnerável. No dia de hoje, quero desmistificar a ideia de que ser forte significa estar sempre certa ou nunca cair. 

A Dicotomia da Força 

Historicamente, fomos ensinadas a valorizar a força como uma ausência de fraqueza, uma muralha que nos separa das nossas inseguranças. Mas, será que essa definição não está ultrapassada? Ser forte não deveria ser sinônimo de impenetrabilidade, mas sim de reconhecer quando e como expressar nossas emoções, medos e dúvidas. A verdadeira força emerge da nossa capacidade de enfrentar a vulnerabilidade, de aceitá-la como uma parte integral e não uma antítese da nossa essência. 

A Beleza da Vulnerabilidade 

Redefinir a força feminina exige que abracemos nossa vulnerabilidade como um ativo, não como uma falha. A vulnerabilidade é a porta para a empatia, a compreensão profunda e, acima de tudo, a conexão humana. É um convite para sermos genuínas, para derrubarmos as barreiras que nos impedem de ser plenamente humanas. Permitir-se ser vulnerável é, paradoxalmente, um dos atos mais corajosos. 

Equilíbrio e Autenticidade 

Encontrar o equilíbrio entre ser forte e vulnerável é uma jornada de constante autoconhecimento e aceitação. Não se trata de escolher um lado, mas de harmonizar os dois, permitindo-nos viver com mais autenticidade. A autenticidade nos liberta da necessidade de provar nossa força a todo momento e nos permite viver de acordo com nossos valores mais profundos. 

Convite à Reflexão 

Neste Dia Internacional da Mulher, convido cada uma de vocês a refletir sobre o que significa ser forte. Que possamos redefinir a força feminina não como uma armadura impenetrável, mas como um equilíbrio saudável entre resiliência e vulnerabilidade. Que a aceitação de nossa vulnerabilidade se torne nossa maior força, permitindo-nos construir relações mais autênticas e significativas, tanto com os outros quanto conosco mesmas. 

 

Katiane Vieira

Estratégias para reforçar autoconfiança e autoestima 

28/02/2024 09h57 | Por: Katiane Vieira

Em um mundo onde as expectativas e pressões são constantes, desenvolver uma autoconfiança e autoestima robustas é mais do que um ato de autoafirmação - é um requisito essencial para a saúde mental e o sucesso pessoal. Essas qualidades internas são o alicerce sobre o qual construímos nossas vidas, influenciando como interagimos com os outros, enfrentamos desafios e perseguimos nossos objetivos. No entanto, para muitos, construir e manter um forte senso de autoconfiança e autoestima pode ser um caminho repleto de obstáculos e incertezas. 

Um estudo da American Psychological Association destaca que a autoestima afeta praticamente todos os aspectos de nossa existência – desde nossas relações interpessoais até nossa capacidade de lidar com adversidades. A falta de autoconfiança, por outro lado, pode nos restringir, impedindo-nos de explorar nosso verdadeiro potencial e oportunidades. 

Este artigo explora as raízes da autoconfiança e autoestima e oferece estratégias eficazes para fortalecê-las. Ao entender e aplicar essas técnicas, podemos começar a desbloquear nosso poder interior, pavimentando o caminho para uma vida mais plena e realizada. 

 

Compreendendo as raízes da autoconfiança e autoestima 

A autoconfiança e a autoestima estão intrinsecamente ligadas à nossa percepção de valor próprio e capacidade. Elas são moldadas por uma variedade de fatores, incluindo experiências de vida, relações sociais e mensagens culturais. A maneira como interpretamos e internalizamos essas experiências desempenha um papel crucial na formação dessas qualidades. 

 

Estratégias para fortalecer autoconfiança e autoestima 

  1. Reconhecimento e celebração de sucessos: Muitas vezes, subestimamos nossas conquistas. É vital reconhecer e celebrar mesmo as menores vitórias, pois elas reforçam a percepção de nossa competência e valor. 

  2. Afirmações positivas e visualização: As afirmações podem remodelar nossos padrões de pensamento, enquanto a visualização ajuda a criar uma imagem mental de sucesso e realização. Ambas as técnicas são apoiadas por estudos como ferramentas eficazes no aumento da autoconfiança. 

  3. Desenvolvimento pessoal e profissional: Adquirir novas habilidades e expandir o conhecimento não só nos torna mais competentes, mas também contribui para uma maior autoconfiança. Isso pode incluir desde cursos formais até aprendizados autodidatas. 

  4. Enfrentamento de desafios: Encarar desafios, especialmente aqueles que tememos, pode ser uma experiência incrivelmente empoderadora. Cada desafio superado serve como prova de nossa capacidade e fortaleza. 

  5. Cuidado com a saúde mental e física: Exercícios físicos e uma dieta equilibrada têm um impacto direto na nossa autoimagem e percepção de autoeficácia. Práticas como yoga e meditação também são eficazes na melhoria da autoestima. 

  6. Prática da gratidão: A gratidão nos ajuda a focar no positivo e a reconhecer o valor de nossa jornada de vida. Manter um diário de gratidão pode ser uma prática poderosa nesse sentido. 

 

Desenvolver e manter uma autoconfiança e autoestima fortes é uma jornada contínua e dinâmica. Ao aplicar as estratégias discutidas neste artigo, podemos começar a desbloquear nosso potencial e a nos mover em direção a uma vida de maior satisfação e realização. Lembre-se, a jornada para reforçar a autoconfiança e a autoestima começa com o compromisso de se conhecer melhor e de se tratar com o mesmo respeito e compaixão que você oferece aos outros. É um investimento em si mesmo que rende dividendos ao longo de toda a vida. 

Katiane Vieira

A arte de dizer “Não” 

21/02/2024 13h40 | Por: Katiane Vieira

A dificuldade em dizer "não" é uma luta comum enfrentada por muitas pessoas, especialmente aquelas que se sentem pressionadas a atender constantemente às expectativas dos outros. Esse desafio está frequentemente enraizado no medo de desapontar alguém, na culpa por não ser suficientemente útil ou até mesmo na crença de que dizer "sim" é a única forma de ser valorizado. Esse comportamento pode levar a um excesso de compromissos e responsabilidades, causando estresse, esgotamento e, paradoxalmente, um sentimento de inadequação. 

Um estudo publicado no Journal of Social Psychology indica que a incapacidade de dizer "não" está frequentemente ligada a traços de personalidade como o altruísmo excessivo e a necessidade de aprovação. Contudo, aprender a estabelecer limites saudáveis é essencial para manter o equilíbrio na vida pessoal e profissional. 

 

Compreendendo a dificuldade de dizer “não” 

A relutância em recusar pedidos ou oportunidades muitas vezes vem de uma boa intenção: o desejo de ajudar os outros e ser percebido como cooperativo e competente. No entanto, ao não estabelecer limites claros, corremos o risco de sobrecarregar nossa agenda, negligenciar nossas próprias necessidades e até mesmo comprometer nosso bem-estar. 

 

Estratégias para aprender a dizer “não” 

  • Autoconhecimento: Entender suas prioridades, valores e limites é o primeiro passo. Isso ajuda a identificar quando um compromisso ou pedido está alinhado com seus objetivos pessoais e quando não está. 
  • Reconhecer a importância do “não”: Dizer "não" não é apenas sobre recusar pedidos; é uma forma de autorespeito e preservação da energia para as coisas que realmente importam. 
  • Praticar a assertividade: Ser assertivo significa expressar seus pensamentos e sentimentos de forma clara e respeitosa. Isso inclui a habilidade de recusar pedidos sem se sentir culpado. 
  • Estabelecer limites claros: Definir e comunicar seus limites é crucial. Isso pode envolver definir regras sobre sua disponibilidade ou o tipo de tarefas que está disposto a assumir. 
  • Aceitar que desapontamentos são inevitáveis: Não é possível agradar a todos o tempo todo. Entender e aceitar isso pode ajudar a aliviar a culpa associada ao dizer "não". 

 

Dizer "não" é uma habilidade vital que promove o respeito próprio e o equilíbrio na vida. Embora possa ser desafiador no início, especialmente para aqueles acostumados a dizer sempre "sim", é um passo essencial para evitar o esgotamento e viver de maneira mais plena e autêntica. Este artigo busca incentivar a reflexão sobre a importância de estabelecer limites saudáveis e oferece estratégias práticas para desenvolver a confiança necessária para dizer "não" quando necessário. Ao fazer isso, abrimos espaço para compromissos e atividades que trazem verdadeira satisfação e significado para nossas vidas. 

Katiane Vieira

O Desafio Pós-Carnaval 

14/02/2024 09h34 | Por: Katiane Vieira

A chegada do fim do carnaval no Brasil frequentemente sinaliza um novo começo - um momento em que as resoluções de Ano Novo, muitas vezes adiadas, são confrontadas com a realidade do calendário. Este fenômeno cultural, embora possa parecer peculiar, reflete uma tendência mais ampla de procrastinar metas e objetivos importantes. No entanto, enfrentar esse hábito e se comprometer com a ação pode ser o catalisador para transformações significativas em nossas vidas. 

Um estudo realizado pela Universidade de Scranton sugere que apenas cerca de 8% das pessoas cumprem com sucesso suas resoluções de Ano Novo. Essa estatística destaca uma lacuna comum entre a intenção e a ação. Portanto, após o carnaval, é hora de reavaliar nossas promessas e converter planos em passos concretos. 

 

O desafio pós-carnaval 

O período após o carnaval muitas vezes serve como um despertar, lembrando-nos das metas e objetivos que estabelecemos no início do ano. É um momento propício para refletir sobre nossas verdadeiras prioridades e o que é necessário para alcançá-las. 

 

Quebrando o ciclo da procrastinação 

A procrastinação, especialmente após períodos festivos como o carnaval, pode ser um obstáculo significativo. Para superar isso, é importante entender os motivos por trás da procrastinação, seja medo do fracasso, falta de clareza nas metas ou simplesmente o hábito de adiar. 

 

Estratégias para transformar resoluções em realidade 

  1. Definição de metas específicas e mensuráveis: Clarifique suas resoluções de Ano Novo, tornando-as específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART). 2.

  2. Desenvolvimento de um plano de ação: Divida suas metas em tarefas menores e mais gerenciáveis, estabelecendo prazos específicos para cada uma delas. 

  3. Criação de um sistema de responsabilidade: Compartilhar suas metas com amigos, familiares ou colegas pode aumentar sua responsabilidade e encorajá-lo a seguir em frente. 

  4. Cultivo da autoconsciência: Reconheça e confronte as desculpas que você usa para procrastinar. Práticas como a meditação podem ajudar a aumentar a autoconsciência e a focar no presente.

  5. Adoção de hábitos positivos: Substitua hábitos de procrastinação por rotinas produtivas. Pequenas mudanças diárias podem ter um impacto significativo a longo prazo. 

 

Agora que o carnaval acabou, pergunte-se: você continuará encontrando desculpas ou tomará as rédeas para realizar suas metas para 2024? O período pós-carnaval não é apenas um momento para retomar as atividades cotidianas; é uma oportunidade para refletir, reorganizar e revitalizar nossas resoluções de Ano Novo. Adotar uma abordagem pragmática e comprometida é o segredo para transformar promessas em realizações tangíveis. Este artigo serve como um lembrete e um guia para abandonar a procrastinação e abraçar a ação, abrindo caminho para um ano de sucesso e realização pessoal. 

Katiane Vieira

Foco e persistência: Você já desistiu de suas resoluções de fim de ano?

07/02/2024 10h17 | Por: Katiane Vieira

Em janeiro, compartilhei um artigo sobre as barreiras cerebrais que nos impedem de cumprir nossas resoluções de Ano Novo. Agora, em fevereiro, estamos no ponto crítico onde estudos mostram que cerca de 80% das pessoas começam a abandonar essas resoluções. Hoje, meu objetivo é diferente: quero inspirar você a não ser parte dessa estatística. Lembre-se, a persistência é a chave para transformar sonhos em realidade. 

Está provado que o arrependimento por não ter feito algo é muitas vezes mais doloroso do que o arrependimento por tentar e falhar. Uma pesquisa da Universidade de Cornell revelou que, ao olhar para trás, as pessoas se arrependem mais das coisas que não fizeram do que das coisas que fizeram. Essa é uma poderosa motivação para persistir em nossos objetivos. 

Inclusive, em 2004, quando minha vida deu uma reviravolta e eu me vi “no fundo do poço’, foi que eu li a frase que mudou minha vida: "Daqui a cinco anos, você vai desejar ter começado hoje". Esta frase simples, mas profunda, é um lembrete de que o tempo não espera por ninguém. Ela nos desafia a agir agora, a não deixar nossos sonhos e aspirações para depois. 

Dicas para manter o foco e persistir: 

  1. Reavalie e ajuste suas metas: Às vezes, precisamos ajustar nossas resoluções para que sejam mais realistas e alcançáveis. Não há vergonha em modificar o curso para melhor atender às suas circunstâncias atuais. 

  2. Visualize o sucesso: Pense em como você se sentirá ao alcançar suas metas. Essa visualização pode ser uma poderosa força motivadora. 

  3. Crie um diário de progresso: Documentar sua jornada pode ajudar a manter o foco e a ver quão longe você já chegou. 

  4. Encontre um grupo de apoio: Ter pessoas ao seu redor que compartilham de objetivos semelhantes pode aumentar significativamente suas chances de sucesso. 

  5. Celebre os pequenos sucessos: Cada pequeno passo em direção à sua meta é um motivo para comemorar. Essas celebrações podem aumentar sua motivação. 

Não deixe que as dificuldades de fevereiro o desviem de seus objetivos de Ano Novo. Lembre-se, cada dia é uma nova oportunidade para se aproximar de seus sonhos. Não se trata de nunca cair, mas sim de quantas vezes você está disposto a se levantar e continuar. Daqui a cinco anos, você vai agradecer por não ter desistido hoje. 

Dica de Ouro: Quer focar e persistir para alcançar suas resoluções para 2024? Sugiro ler o artigo que publiquei em janeiro intitulado "Como realizar suas resoluções de Ano Novo em 2024". Nele, você descobrirá por que encontra dificuldade sempre que quer mudar algo em sua vida. Esta leitura pode oferecer insights valiosos e estratégias para superar obstáculos comuns no caminho da mudança. 

Agora, quero ouvir de você! Como estão indo suas resoluções de Ano Novo? Enfrentou desafios em fevereiro? Compartilhe suas experiências e como você está planejando manter o foco. Vamos nos apoiar mutuamente para tornar 2024 um ano de realizações e crescimento. Deixe seu comentário nas minhas redes sociais, em @katianevieiraoficial, e vamos iniciar uma conversa produtiva!

Katiane Vieira

Escapando da armadilha da comparação 

30/01/2024 09h00 | Por: Katiane Vieira

Em um mundo cada vez mais conectado e dominado pela presença das redes sociais, a prática da comparação tem se tornado um fenômeno quase inescapável. Estudos recentes indicam um aumento significativo nos sentimentos de inadequação e autocrítica, especialmente quando nos medimos contra os padrões de sucesso e felicidade apresentados online. Um estudo da Universidade de Stanford apontou que a comparação frequente com os outros nas redes sociais pode levar a um maior sentimento de descontentamento e insatisfação com a própria vida. 

Mas, o que realmente está por trás desse impulso de se comparar constantemente? E mais importante, como podemos transcender essa tendência e abraçar nossa própria jornada, valorizando nossas conquistas individuais e qualidades únicas? 

Neste artigo, exploraremos as raízes da comparação, os efeitos prejudiciais que ela pode ter sobre nossa autoimagem e bem-estar, e discutiremos estratégias eficazes para superar esses sentimentos de inadequação, redirecionando nosso foco para o autoconhecimento e crescimento pessoal. 

 

Entendendo a inadequação e a comparação 

A psicologia moderna sugere que a comparação é uma tendência natural humana, mas quando exacerbada, pode levar a sentimentos de inadequação e baixa autoestima. Um relatório da Psychological Science revelou que a comparação constante, especialmente nas redes sociais, está intimamente ligada a sentimentos de insatisfação e até depressão. 

 

Estratégias para superar a comparação e a inadequação 

Reconhecimento das próprias realizações: Focar nas próprias conquistas e progressos, em vez de se fixar no que outros estão fazendo, ajuda a construir uma autoimagem positiva e reduzir a sensação de inadequação. 

Construção de uma mentalidade de crescimento: Adotar uma mentalidade de crescimento, conforme delineado pela psicóloga Carol Dweck, pode ser um meio poderoso de superar a tendência de comparação. Isso envolve a crença de que suas habilidades e inteligência podem ser desenvolvidas com o tempo e esforço. 

Limitação da exposição às redes sociais: Estabelecer limites saudáveis ​​no uso de redes sociais pode diminuir a tendência à comparação e melhorar o bem-estar mental. 

Prática da gratidão: A gratidão nos ajuda a apreciar o que temos, em vez de sempre desejar o que não temos. Manter um diário de gratidão pode ser uma prática eficaz para cultivar uma atitude mais positiva. 

A comparação, se não controlada, pode ser uma armadilha perigosa, levando a um ciclo de insatisfação e autocrítica. No entanto, ao adotar práticas de autoaceitação, gratidão e limitando a exposição a estímulos negativos, como as redes sociais, podemos começar a apreciar nossa própria jornada única. Este artigo é um convite para refletir sobre como podemos nos libertar da armadilha da comparação e abraçar nossa própria grandeza, descobrindo a alegria e satisfação que vem com o reconhecimento de nossas conquistas e qualidades únicas. 

Katiane Vieira

Navegando pelas águas da incerteza: ansiedade sobre carreira e relacionamentos 

24/01/2024 09h00 | Por: Katiane Vieira

Vivemos em uma era de rápidas transformações, onde o futuro, especialmente no que diz respeito à carreira e aos relacionamentos, parece mais incerto do que nunca. Essa incerteza gera uma ansiedade significativa em muitos de nós, especialmente em pessoas com mais de 30 anos, que frequentemente se encontram em um estágio crucial de desenvolvimento profissional e pessoal. A ansiedade sobre o futuro pode ser uma força motivadora, mas quando em excesso, pode se tornar paralisante e prejudicial. 

 

Um estudo da American Psychological Association destacou que a ansiedade relacionada ao futuro é uma das principais preocupações de adultos jovens, impactando suas decisões de carreira e relacionamentos. Este artigo busca explorar como podemos lidar com essa ansiedade de maneira saudável e produtiva. 

 

A ansiedade sobre a carreira 

No campo profissional, a rápida evolução do mercado de trabalho, as mudanças tecnológicas e a incerteza econômica contribuem para uma sensação de insegurança quanto ao futuro da carreira. Essa ansiedade muitas vezes se manifesta na forma de dúvidas sobre escolhas profissionais, medo de desemprego ou preocupações sobre não atingir expectativas pessoais ou sociais. 

Para enfrentar essa ansiedade, é essencial se concentrar no desenvolvimento de habilidades transferíveis e na adaptabilidade. A busca por aprendizado contínuo e flexibilidade pode ajudar a navegar pelas mudanças do mercado com maior confiança. 

 

A ansiedade em relacionamentos 

Quanto aos relacionamentos, a pressão social, as expectativas culturais e as próprias incertezas pessoais muitas vezes levam a uma ansiedade significativa. Questões como a escolha do parceiro ideal, a decisão de ter filhos, ou equilibrar relacionamentos com aspirações de carreira são fontes comuns de preocupação. 

É importante reconhecer que não existe um roteiro único para relacionamentos bem-sucedidos. Aceitar que cada jornada é única e que está tudo bem em seguir um caminho que é certo para você, não para os outros, é crucial para aliviar essa ansiedade. 

 

Estratégias para gerenciar a ansiedade 

Aceitação da incerteza: Aceitar que não podemos controlar tudo é um passo fundamental. Aprender a se sentir confortável com a incerteza pode nos liberar para aproveitar o presente e planejar o futuro com uma mente mais aberta e menos ansiosa. 

Mindfulness e autoconhecimento: Práticas como mindfulness e meditação podem ajudar a gerenciar a ansiedade, proporcionando uma sensação de calma e clareza mental. Conhecer a si mesmo e entender suas verdadeiras aspirações e medos também é fundamental para lidar com a ansiedade. 

Construindo redes de apoio: Ter uma rede de apoio – amigos, familiares, colegas ou profissionais de saúde mental – é essencial. Compartilhar preocupações e buscar conselhos pode aliviar o peso da ansiedade. 

A ansiedade sobre o futuro é uma resposta natural às incertezas da vida moderna. No entanto, ao adotar estratégias de enfrentamento eficazes, podemos transformar essa ansiedade em uma força positiva que nos impulsiona em direção ao crescimento e realização pessoal e profissional. Este artigo não pretende ser uma solução definitiva, mas um ponto de partida para uma reflexão mais profunda e uma vida mais equilibrada e satisfatória. 

Katiane Vieira

Encontrando o equilíbrio: desafios da vida profissional e pessoal 

17/01/2024 09h00 | Por: Katiane Vieira

Na dinâmica atual do mundo, onde a produtividade e o sucesso profissional são altamente valorizados, muitos enfrentam o desafio de equilibrar a vida profissional com a pessoal. Este equilíbrio, muitas vezes difícil de alcançar, torna-se uma fonte de estresse e ansiedade para muitos. Encontrar um meio-termo entre as demandas do trabalho e as necessidades pessoais é mais do que uma questão de organização; é uma busca pelo bem-estar e pela qualidade de vida. 

Um estudo recente da Harvard Business Review revelou que mais de 50% dos profissionais têm dificuldade em equilibrar suas responsabilidades profissionais e pessoais. Esse desafio não é apenas uma questão de gestão de tempo, mas também envolve aspectos emocionais, físicos e mentais. 

 

A realidade do desbalanceamento 

O desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal pode levar a uma série de consequências negativas. O esgotamento profissional (burnout), por exemplo, é uma realidade crescente, afetando a saúde mental e física. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o burnout é um fenômeno ocupacional resultante do estresse crônico no local de trabalho, caracterizado por exaustão, cinismo e sentimentos de redução da eficácia profissional. 

 

A importância da desconexão 

A capacidade de se desconectar do trabalho é vital. Em um mundo tecnologicamente conectado, onde o trabalho pode seguir-nos para casa através de smartphones e laptops, estabelecer limites claros é crucial. A prática do "desligamento psicológico" do trabalho, como sugerido por pesquisadores, é um componente essencial para evitar o esgotamento e manter a saúde mental. 

 

Priorizando o bem-estar 

A busca pelo equilíbrio entre vida profissional e pessoal é também uma busca por bem-estar. Priorizar atividades que promovem relaxamento e alegria é essencial. Seja praticando um hobby, passando tempo com a família ou simplesmente dedicando um momento para si mesmo, essas atividades são cruciais para recarregar as energias e manter a saúde mental. 

 

O papel das organizações 

As organizações têm um papel significativo a desempenhar nessa busca pelo equilíbrio. Políticas de trabalho flexíveis, apoio à saúde mental e encorajamento ao uso de férias são maneiras pelas quais as empresas podem contribuir para o bem-estar de seus funcionários. Uma pesquisa da Deloitte apontou que empresas que adotam políticas de apoio ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal tendem a ter funcionários mais satisfeitos e produtivos. 

 

O desafio de equilibrar a vida profissional com a pessoal é uma questão complexa, que requer uma abordagem holística. Reconhecer a importância do bem-estar, estabelecer limites saudáveis e buscar apoio, tanto pessoal quanto profissional, são passos essenciais nesse processo. 

Este artigo é um convite à reflexão e à ação. Incentiva a uma reavaliação das prioridades, a adoção de práticas que promovam o equilíbrio e, acima de tudo, a compreensão de que buscar o equilíbrio é um ato de autocuidado e respeito próprio. É sobre criar uma vida em que trabalho e lazer não apenas coexistam, mas se complementem para uma existência mais plena e satisfatória. 

Katiane Vieira

A força e a fragilidade: redefinindo a fortaleza feminina 

10/01/2024 09h00 | Por: Katiane Vieira

Em um mundo que constantemente nos impulsiona para sermos melhores, mais fortes e mais resilientes, surge uma questão crucial, especialmente entre as mulheres: a necessidade de ser forte o tempo todo. Essa expectativa, enraizada profundamente em nossa cultura e sociedade, traz consigo uma série de desafios e questionamentos. 

Para muitas mulheres, especialmente na faixa etária dos 30 aos 45 anos, essa pressão se manifesta de maneiras variadas, moldando suas vidas profissionais e pessoais. Ser forte é visto como um requisito, não apenas uma qualidade. No entanto, é essencial questionar: essa constante busca pela força é realmente benéfica ou estamos negligenciando aspectos cruciais de nossa humanidade? 

Essa reflexão nos leva a ponderar sobre a verdadeira natureza da força. A sociedade tende a associar força à ausência de vulnerabilidade, mas será essa a definição mais acertada? O que realmente significa ser forte e como podemos equilibrar essa força com a aceitação de nossa própria vulnerabilidade? 

 

A ilusão da fortaleza constante 

A pressão para manter uma aparência de força ininterrupta é uma realidade para muitas mulheres. Elas se veem na obrigação de exibir resiliência inquebrantável, seja lidando com desafios no ambiente de trabalho ou equilibrando as demandas da vida familiar. Essa pressão se reflete em diferentes aspectos: a dificuldade de estabelecer limites e dizer "não", a sensação de estar sempre sobrecarregada e a luta constante contra o perfeccionismo. Tudo isso pode levar ao esgotamento físico e emocional, questionando a própria essência da força que se busca. 

 

A vulnerabilidade como força 

Redefinir força como a capacidade de aceitar e expressar vulnerabilidade é um passo essencial. A vulnerabilidade, longe de ser uma fraqueza, é uma demonstração de coragem. É reconhecer e compartilhar nossas emoções, inseguranças e medos, o que promove conexões mais profundas e genuínas com os outros e conosco mesmos. Ao abraçarmos nossa vulnerabilidade, nos permitimos experienciar a vida de forma mais plena, entendendo que a força não é a ausência de fraquezas, mas a capacidade de lidar com elas. 

 

Redefinindo a motivação 

A motivação para manter-se forte o tempo todo muitas vezes deriva de pressões externas. No entanto, a verdadeira motivação, aquela que é duradoura e gratificante, deve vir de dentro. Deve ser alinhada com nossos valores e desejos pessoais. As motivações intrínsecas, como a busca pelo crescimento pessoal e pela realização, são mais sustentáveis e gratificantes do que aquelas baseadas apenas na necessidade de apresentar uma imagem de força. 

 

O caminho para o equilíbrio 

Encontrar um equilíbrio entre força e vulnerabilidade é um desafio. Envolve permitir-se momentos de descanso, reconhecer que não precisamos estar no controle o tempo todo e aceitar a autenticidade e a autoaceitação. Este equilíbrio é fundamental para a saúde mental e emocional, permitindo que vivamos nossas vidas de maneira mais plena e significativa. 

 

A narrativa de que as mulheres precisam ser fortes o tempo todo é duplamente desafiadora. Ela inspira resiliência e determinação, mas pode também conduzir à exaustão emocional e física. Redefinir o conceito de força para incluir a vulnerabilidade permite uma compreensão mais holística e saudável de nós mesmos. Ao aceitarmos essa nova definição, as mulheres podem encontrar um meio-termo saudável, onde se sintam fortalecidas em sua totalidade. 

Este artigo é um convite para que as mulheres reconheçam que a verdadeira força vem da capacidade de ser resiliente e vulnerável. É sobre crescer, desfrutar de cada momento e deixar um legado positivo, criando um ciclo de felicidade e bem-estar, tanto para si mesmas quanto para aqueles ao seu redor. 

Katiane Vieira

Estratégias para realizar suas resoluções de Ano Novo em 2024

03/01/2024 09h00 | Por: Katiane Vieira

À medida que 2024 amanhece, trazendo consigo a promessa de um novo começo, muitos de nós nos preparamos para embarcar em jornadas de mudança pessoal, estabelecendo resoluções de Ano Novo. Entretanto, um fenômeno intrigante e um tanto desanimador se repete ano após ano: a maioria dessas resoluções, embora feitas com fervor e boas intenções, raramente sobrevive além das primeiras semanas de janeiro.  

Estudos indicam que aproximadamente 80% das pessoas abandonam suas resoluções de Ano Novo antes mesmo de chegarem a fevereiro. Isso levanta uma questão fundamental: por que é tão difícil para nós manter esses compromissos de mudança a longo prazo? 

A resposta a essa pergunta encontra-se, em grande parte, nos recônditos complexos do nosso cérebro. Nosso cérebro, uma estrutura evolutivamente antiga e incrivelmente eficiente, opera com base em padrões e rotinas bem estabelecidos, muitos dos quais existem para economizar energia e manter a estabilidade. No entanto, quando tentamos introduzir novos comportamentos ou mudar hábitos antigos, esses mesmos mecanismos podem se tornar nossos maiores obstáculos. 

1. Economia de energia: a resistência inata 

O cérebro humano prefere economizar energia sempre que possível, uma característica que nos torna naturalmente resistentes a mudanças, especialmente aquelas que exigem esforço e energia adicional. Para superar essa tendência, a chave é começar com pequenos passos. Divida suas resoluções em metas menores e progressivas. Estabelecer hábitos que podem ser gradualmente incorporados em sua rotina diária ajuda a evitar a sensação de sobrecarga e a resistência do cérebro. 

2. Motivação: a chama oscilante 

A motivação, frequentemente vista como o combustível para alcançar metas, é na realidade uma chama oscilante e um recurso que se esgota rapidamente. Embora possa ser um impulso poderoso no início, sua natureza volátil significa que ela pode diminuir ou desaparecer em momentos críticos, deixando-nos sem o ímpeto necessário para continuar. 

É crucial entender que a motivação é como um pote que esvazia rapidamente: ela nos dá um começo forte, mas não é confiável para sustentar ações a longo prazo. Essa realidade é especialmente verdadeira para resoluções de Ano Novo, onde o entusiasmo inicial pode ser rapidamente ofuscado pelas demandas da vida cotidiana e pelos desafios inerentes ao processo de mudança. 

3. Dor: o desafio do desconforto 

Aqueles que conseguirem superar o fim da motivação irão entrar na terceira barreira: a dor. Mudar é inerentemente desconfortável, e nosso cérebro frequentemente interpreta esse desconforto como dor, levando-nos a evitar novas experiências e desafios.  

Para superar essa barreira, é importante aceitar que o desconforto é parte integrante do processo de crescimento. Técnicas de mindfulness e outras práticas de gerenciamento de estresse podem ser extremamente úteis para navegar através desses sentimentos desconfortáveis. 

4. Neuroplasticidade: moldando o cérebro para mudança 

Quando você aceita que a dor da mudança faz parte do processo e cria estratégias para superá-la, aí sim, a magia começa a aparecer. E esse fenômeno é chamado de neuroplasticidade. 

A neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar, é uma notícia encorajadora para aqueles que buscam transformar suas vidas. Encorajar a plasticidade cerebral através de novos aprendizados e experiências ajuda a criar novos caminhos neurais, tornando mais fácil a adoção de novos comportamentos e hábitos. 

Estratégias para o sucesso 

Para efetivamente superar essas barreiras cerebrais e realizar suas resoluções, considere as seguintes estratégias: 

  1. Estabeleça metas específicas e alcançáveis: Defina objetivos claros e mensuráveis. 

  2. Desenvolva um plano de ação: Elabore um roteiro detalhado para suas metas.

  3. Construa um sistema de apoio: Compartilhe suas metas com amigos ou familiares. 

  4. Cultive resiliência e flexibilidade: Esteja preparado para enfrentar desafios e ajustar seus planos conforme necessário. 

  5. Celebre cada conquista: Reconheça e comemore cada progresso, por menor que seja. 

  6. Mantenha a consistência e a paciência: Mudanças significativas levam tempo. 

 

Ao enfrentarmos 2024, é crucial lembrar que superar as barreiras cerebrais é um processo contínuo. Com a estratégia certa e uma compreensão de como o cérebro funciona, podemos transformar nossas resoluções de Ano Novo de meras promessas em realizações concretas. Este ano, permita-se abraçar a mudança com conhecimento, estratégia e otimismo. 

Agora, adoraria ouvir de você! Quais são suas resoluções para 2024 e como você planeja superar as barreiras cerebrais para alcançá-las? Acesse minhas redes sociais e compartilhe suas estratégias, desafios e insights. Vamos aprender e crescer juntos neste novo ano que se inicia. 

https://www.instagram.com/katianevieiraoficial/ 

Katiane Vieira

Desenvolvimento 360º

Escritora, treinadora e palestrante com foco em mudança de comportamento. Graduada em marketing, mestre em gestão de negócios e gestão de pessoas, várias formações e especializações em ciência do comportamento como: psicologia positiva, mindfulness, liderança, autoconhecimento, inteligência emocional, programação neurolinguística (PNL), coaching e neurociência do comportamento. Autora de vários livros sobre desenvolvimento humano e fundadora do Método E.C - Expansão da Consciência.

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