O Brasil é considerado um dos países com as maiores diferenças sociais do mundo, conhecido por sua alta concentração de renda, onde o 1% mais rico da população detém 28,3% da renda total (IPEA, 2023). Em 2022, 30,7% das famílias viviam em insegurança alimentar moderada e grave, sendo que nesse grupo estavam quase 9% das famílias (ou 33 milhões de pessoas) em situação de fome (PENSSAN, 2022). Ainda, a falta de condições mínimas de infraestrutura tem afetado os mais pobres desde o seu nascimento, pois a maioria ocupa áreas precárias e possui maior risco de morte por ausência de serviços adequados de saúde, conforme destaca o Pacto Nacional de Combate às Desigualdades (2023).
Somado a isso, a maior parte dos empreendimentos de habitação social no Brasil ainda não oferece moradias populares com acesso a serviços básicos, como transporte público, educação e proteção social, segundo um relatório produzido pelo Grupo Banco Mundial em 2023. De acordo com o informado, muitos dos projetos apoiados pelo governo oferecem moradias localizadas a uma distância considerável do centro da cidade, o que torna a prestação de serviços desafiadora e onerosa. Locais de desenvolvimento dispersos, combinados com transporte público de baixa qualidade resultam em congestionamentos, menor acesso a empregos e alta incidência de acidentes de trânsito e mortes.
Para reverter esta realidade é necessário um conjunto de medidas, políticas e ações destinadas a promover a igualdade de oportunidades, a distribuição equitativa de recursos e o acesso universal aos direitos básicos para todos os cidadãos brasileiros. Somente através da justiça social vamos reduzir as desigualdades econômicas, combater à pobreza, permitir o acesso à educação de qualidade, saúde pública eficiente, moradia digna, segurança alimentar, entre outros aspectos importantes à garantia dos direitos humanos.
No contexto brasileiro, a busca pela justiça social enfrenta desafios significativos devido à persistência de desigualdades históricas, socioeconômicas e regionais. Políticas públicas têm sido implementadas ao longo dos anos para enfrentar essas disparidades, incluindo programas de transferência de renda, cotas para grupos marginalizados em universidades e no mercado de trabalho, investimentos em infraestrutura social, entre outras iniciativas, mas ainda há muito mais no que se avançar. É necessário oferecer igualdade de oportunidades, a distribuição equitativa de recursos e o acesso universal aos direitos básicos para promover o desenvolvimento sustentável à população.
Este são alguns temas de interesse dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, mostrando através de suas metas e indicadores os caminhos imperativos para construir um futuro mais justo e promissor a todos e todas.
Vários ODS têm como objetivo principal promover a igualdade e a inclusão, como o ODS 5 (Igualdade de Gênero), ODS 10 (Redução das Desigualdades) e ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) e ao avançar nesses objetivos, contribui-se para a criação de sociedades mais justas e equitativas. Questões sobre pobreza, fome, educação, saúde, acesso à água potável e energia limpa e cidades mais inclusivas podem ser minimizadas com a implantação das metas dos ODS 1 (Erradicação da pobreza), ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 3 (Saúde e Bem-estar), ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 6 (Água e Saneamento) e ODS 7 (Energia Limpa), e o ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).
A abordagem holística da Agenda 2030 permite abordar as causas subjacentes da injustiça social e dar foco à igualdade e inclusão. Os ODS visam garantir um desenvolvimento sustentável que atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades. Isso inclui a promoção da justiça social para as gerações atuais e futuras, permitindo que todos tenham acesso aos recursos necessários para uma vida digna e próspera, sem deixar ninguém para trás!
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Fonte: UM RETRATO DAS DESIGUALDADES NO BRASIL HOJE - Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades. Disponível em:
https://cdn.brasildefato.com.br/documents/15cb78c372830623b8fc23e1f18e2412.pdf
Garantir a igualdade de gênero é permitir que meninas e mulheres possam expressar suas capacidades individuais e intelectuais, ocupando espaços que representam suas identidades e fomentem sua possibilidade de realização no mundo. No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados para garantir uma participação equitativa de gênero, especialmente no campo da ciência, para elas possam explorar essas áreas e contribuir para a inovação e o progresso científico do país.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as mulheres representam cerca de 49% dos pesquisadores brasileiros, mas essa proporção diminui em áreas específicas da ciência como engenharias e tecnologias. Por isso, em 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Meninas na Ciência, com o objetivo de promover a igualdade de gênero e incentivar as meninas a se interessarem e seguirem carreiras que historicamente têm sido dominadas por homens.
Ter mulheres em posições de destaque na ciência serve como modelo e inspiração para meninas interessadas em seguir carreiras científicas, eliminando estereótipos de gênero que diminuem oportunidades de participação feminina nestas áreas. Mas além de iniciativas individuais, é crucial que existam políticas e mudanças institucionais para eliminar barreiras sistêmicas e garantir igualdade de oportunidades para meninas e mulheres. Para tanto, a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 podem contribuir da seguinte forma:
É essencial reconhecer o papel das meninas na ciência, bem como trabalhar continuamente para criar um ambiente inclusivo e igualitário que as apoie em suas jornadas científicas. Com isso, a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero na ciência é fundamental para promover uma sociedade mais inclusiva e diversificada.
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O Carnaval é uma das festas mais antigas e populares do mundo, com suas raízes associadas a festividades pagãs que celebravam a transição do inverno para a primavera. No Brasil, o Carnaval tem influências europeias, africanas e indígenas, sendo os primeiros registros do período colonial, quando os colonizadores portugueses introduziram a festa, mas, também, incorporaram elementos das tradições africanas trazidas pelos escravizados, incluindo ritmos, danças e máscaras.
Mas, além da diversão, as festas de rua acumulam uma quantidade enorme de resíduos que, na maioria dos casos, poluem áreas públicas e impactam negativamente na qualidade dos ambientes urbanos. Para lidar com essa questão, algumas iniciativas têm sido propostas, como:
ODS 3 – Saúde e Bem-Estar:
ODS 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico:
ODS 12 - Consumo e Produção Sustentáveis:
ODS 13 - Ação contra a Mudança Global do Clima:
Essas pequenas iniciativas são, na verdade, um forma simples e direta de aplicar os ODS durantes as brincadeiras de carnaval, fomentando a alegria, o autocuidado e a preservação do planeta. Carnaval sustentável é promover o desenvolvimento sustentável das cidades, evitando impactos negativos na infraestrutura urbana e o cuidado com a saúde e bem-estar das pessoas.
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Você sabia que a expectativa de vida de uma pessoa transgênero é de apenas 35 anos? A discriminação e o preconceito, a violência e falta de acesso a serviços de saúde adequados, dentre outros desafios sociais, impactam negativamente na longevidade de pessoas trans ou travestis.
E o Brasil lidera o ranking como o país que mais mata pessoas trans e travestis, pelo 14º ano consecutivo, sendo que a maioria das vítimas com idade entre 18 e 29 anos. Segundo o levantamento da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), em 2022, 131 pessoas trans e travestis foram assassinadas e 20 tiraram a própria vida em decorrência da discriminação e do preconceito.
Transgêneros são pessoas que não se identificam com o gênero a qual foram designadas, baseado em seu sexo biológico. Dentro deste grupo há diversos subgrupos, com ou sem readequação de seus corpos. Muitas pessoas transgênero, por exemplo, optam por um processo de transição que pode incluir terapia, tratamento hormonal e cirurgias, a fim de alinhar sua expressão de gênero com sua identidade de gênero.
A (in)visibilidade Trans ainda é um problema no Brasil, especialmente pela falta de dados. No último censo demográfico do IBGE (2022), não foi possível incluir no questionário uma pergunta específica sobre orientação sexual e identidade de gênero pela justificativa de fata de abordagem técnica e metodológica.
Mas pessoas trans existem e devem ser respeitadas. É preciso legitimar o reconhecimento e a importância de se garantir o cumprimento de suas demandas, combatendo as desinformações e assegurando direito à cidadania. Assim, no dia 29 de janeiro se celebra o dia da Visibilidade Trans, data em que foi organizada uma campanha, em 2024, contra a transfobia e na luta por direitos da comunidade trans.
Com o lema “Não deixar ninguém para trás” a Agenda 2030 pode ajudar a comunidade trans a buscar a saúde e bem-estar, além da igualdade de oportunidades perante a sociedade. Abaixo seguem alguns exemplos:
ODS 3 - Saúde e Bem-Estar: uma vida saudável compreende acesso a cuidados de saúde inclusivos e sensíveis às questões de gênero, bem como o combate ao preconceito em ambientes de saúde;
ODS 4 - Educação de Qualidade: garantir educação inclusiva significa criar ambientes educacionais seguros e livres de discriminação, promovendo a aceitação e o respeito pelo ser humano, indiferente de sua identidade de gênero;
ODS 5 - Igualdade de Gênero: alcançar a igualdade de gênero significa garantir igualdade de direitos, oportunidades e acesso a recursos, especialmente que necessita de mais atenção;
ODS 10 - Redução das Desigualdades: reduzir as desigualdades implica em combater a discriminação e garantir que todos tenham acesso a serviços essenciais, independentemente da identidade de gênero;
ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes: justiça, direitos humanos e construção de instituições eficazes devem ser a base na luta contra a discriminação legal, promovendo leis inclusivas e garantir a proteção de seus direitos fundamentais.
A realidade das pessoas trans no Brasil é preocupante e precisamos de políticas públicas e normas legais que garantam o direito à vida e a punição para a transfobia.
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Fontes de pesquisa:
https://jornal.unesp.br/2023/01/27/visibilidade-e-dignidade-trans/
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2023/01/27/brasil-lidera-ranking-de-mortes-de-pessoas-trans.htm#:~:text=Brasil%20lidera%20ranking%20de%20mortes%20de%20pessoas%20trans%20%2D%20Pa%C3%ADs%20est%C3%A1,trans%20%C3%A9%20de%2035%20anos
https://www.politize.com.br/visibilidade-trans/#:~:text=Dar%20visibilidade%20as%20pessoas%20trans,e%20assegurando%20direito%20%C3%A0%20cidadania
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No momento atual, as empresas têm vários motivos para buscar a sustentabilidade em seus processos de gestão, seja por ganho reputacional, captação de recursos financeiros, possibilidade de vantagem competitiva ou até mesmo pelo aumento de seu valor de mercado. Contudo, para que a sustentabilidade seja vivenciada no dia a dia das organizações é preciso condicionar comportamentos e decisões que não estejam contemplados nos manuais de procedimentos. Isto significa incluir orientação para atitudes que reforcem práticas positivas com o meio ambiente, gere maior valorização das pessoas e seja repensada a forma de conduzir os negócios.
Ao adotar a sustentabilidade como estratégia de gestão, as empresas criam uma forma diferenciada de fazer negócios e seus valores são repassados aos colaboradores através de sua cultura organizacional. Cada empresa possui uma habilidade para criar métricas que melhorem sua performance e isso varia de acordo com as características e estratégias da companhia. Por isso, não existe apenas uma cultura pela sustentabilidade e cada empresa deve adequar os requisitos da responsabilidade corporativa à sua própria realidade, atendendo condições internas, demandas legais e expectativas das partes interessadas (stakeholders).
Entretanto, para que a cultura pela sustentabilidade tenha sucesso, ela deve nascer do propósito maior da empresa, baseada em valores fortes e que contemplem os pilares ambiental, social, econômico e de governança, para alcançar resultados tangíveis e intangíveis. Além disso, a cultura pela sustentabilidade deve estar orientada a um novo mindset de gestão corporativa, e não apenas na tarefa de construção de dados para reportes aos stakeholders. Tornar-se uma empresa consciente não deve ser responsabilidade isolada de determinado grupo de colaboradores, mas sim, partir da alta liderança até alcançar todos os níveis da organização, num desafio a ser assumido de forma transversal e cuja maturidade em sustentabilidade decorrerá do exercício diário de suas intenções, vencendo obstáculos e ampliando o conceito no núcleo da própria governança.
As empresas conscientes criam valor através da cultura da sustentabilidade, estabelecem relacionamentos duradouros com suas partes interessadas e são mais propensas a atingirem seus próprios objetivos estratégicos e comerciais, favorecendo sua licença social de operação e propiciando uma visão mais ampla do mercado. Elas conseguem reconhecer que o resultado financeiro é consequência deste novo modelo de pensar o negócio, de forma a transbordar valor a toda a sociedade.
Implantar uma Agenda ESG nas empresas é importante porque demonstra os compromissos com a sustentabilidade, responsabilidade social e transparência, aumentando a credibilidade junto aos investidores, capturando novos consumidores e atraindo talentos alinhados com valores corporativos e ao propósito maior. É um projeto com ações coordenadas com a essência do negócio, a serem implementadas ao longo do tempo e contendo indicadores de monitoramento de desempenho.
Mas para promover uma cultura pela sustentabilidade é necessário destacar a importância dos colaboradores como agentes de transformação neste processo, impulsionando pequenas ações da rotina corporativa à construção de um mindset coletivo. Então, a cultura pela sustentabilidade poderá ter seu ponto de expansão, engajando pessoas a ações positivas, dentro e fora dos muros da empresa.
E na sua organização, quais são as estratégias para fomentar a cultura pela sustentabilidade?
Com o intuito de contribuir com os profissionais, especialmente os de RH, compartilho o Calendário ESG para que possamos ampliar a cultura da sustentabilidade nas organizações. Trata-se de um documento contendo um calendário anual com as principais datas de campanhas informativas relacionadas aos aspectos do ESG - pilares ambiental, social e de governança.
Como mencionado, ESG é projeto e precisa de profissionais qualificados para a implantação desta importante agenda de sustentabilidade. Contudo, apesar de ser uma abordagem superficial sobre a temática, o objetivo é incentivar atividades relacionadas às sustentabilidade ambiental, à responsabilidade social e cuidado com as pessoas e boas conduta de governança nas empresas.
Faça o download aqui: https://giselebatista.com.br/calendario-esg-2024/
Que saber mais sobre Como Implantar um Projeto de ESG e Sustentabilidade?
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O termo ESG (Ambiental, Social e Governança) foi proposto pela primeira vez, em 2004, pelo Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, como forma de orientar investidores e analistas do mercado financeiro sobre os impactos ambientais e sociais dos negócios e projetos diversos. A partir de 2006, a ONU conjuntamente com grandes instituições financeiras e investidores institucionais, lançaram os Princípios para o Investimento Responsável (PRI), tendo no ESG um dos critérios para análise e tomada de decisão em investimentos.
Atualmente, o mercado consumidor tem impulsionado as empresas a assumirem compromissos ambientais e responsabilidade social, além de manterem o foco da organização e sua conduta ética. Por isso, os critérios ESG possuem um grande potencial para contribuir significativamente para implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, como por exemplo:
Esses são alguns exemplos de como as práticas de ESG podem ajudar na implementação da Agenda 2030 e do desenvolvimento sustentável local. Contudo, não se pode esquecer que ESG é projeto e o mesmo deve estar alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.
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O relatório "Nosso Futuro Comum" é considerado um marco na história da sustentabilidade, pois foi o primeiro a trazer para o discurso público o conceito de Desenvolvimento Sustentável. As discussões se iniciaram em 1983, quando a ex-Primeira Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, foi convidada a presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU.
Em 1983, a escolha da médica deveu-se ao fato de ela realizar um trabalho pioneiro para a época, enxergando a saúde para além das barreiras do mundo médico e abrangendo em suas ações atividades ligadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento humano. Em 1987 a comissão finalizou o relatório que, até hoje, serve de referência para cientistas, pesquisadores, governos e a sociedade em geral.
O relatório definiu o desenvolvimento sustentável como sendo "o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades". Ainda, destacou a interconexão entre questões econômicas, sociais e ambientais e a necessidade de mudança na exploração dos recursos, no direcionamento dos investimentos, na orientação do desenvolvimento tecnológico para futuro mais sustentável para todos e todas.
Algumas questões e conceitos-chave como a equidade entre as gerações presentes e futuras a necessidade de conservar o meio ambiente e utilizar os recursos naturais de maneira sustentável para evitar a exaustão e a degradação ambiental. Ainda, reconheceu a importância da cooperação internacional para enfrentar questões como mudanças climáticas, poluição e pobreza em todas as partes do mundo.
O Relatório "Nosso Futuro Comum" teve um impacto significativo na agenda global de desenvolvimento sustentável e serviu como base para várias conferências e acordos subsequentes, incluindo a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992. Ainda, o este documento contribuiu com a formulação de conceitos e princípios da Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Para quem quer entender mais sobre sustentabilidade, esta leitura é indispensável!
VERSÃO EM PORTUGUÊS:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4245128/mod_resource/content/3/Nosso%20Futuro%20Comum.pdf
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O ano de 2023 foi o primeiro ano do “novo normal” – pós-pandemia da COVID-19 – e exigiu muitos esforços de empresas e colaboradores, que buscaram recuperar o tempo perdido num ritmo intenso de entregas de trabalho. Neste processo, e ainda em recuperação por todo o estresse provocado pela pandemia, muitas pessoas sentem-se esgotadas e debilitadas mentalmente.
Por isso, é preciso um tempo para que as energias sejam repostas e o retorno ao trabalho aconteça de forma mais proveitosa. É preciso desmistificar a crença de que as atividades ininterruptas são sinônimo de sucesso e produtividade dos trabalhadores.
Estar ocupado o tempo todo pode acarretar em perdas à saúde física e emocional, criando um círculo de agitação mental que se reduz na disposição laboral e na capacidade de tomada de decisão. Algumas pausas são essenciais para que se possa reavaliar o estilo de vida e estratégias de ação, em busca da realização de metas pessoais e profissionais.
Esses pequenos espaços para reflexão podem melhorar o humor, as relações interpessoais e o desempenho no retorno das atividades funcionais. Ainda, ter qualidade de tempo é fundamental para trazer conexão consigo mesmo, preenchendo-o com atividades que ocasionem relaxamento, cultura e diversão.
Neste processo, é importante resistir às mídias sociais e aplicativos relacionados às questões de trabalho, abandonado a crença de que tudo é urgente e importante e outras pessoas não estão capacitadas para resolução de problemas. Muitas vezes, o grande volume de tarefas assumidas pode gerar a falsa ideia de que se é importante, indispensável e insubstituível.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3) da Agenda 2030 da ONU está relacionado à saúde e bem-estar e visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. A promoção de estilos de vida saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, uma dieta equilibrada e a gestão do estresse, pode ter impactos positivos na saúde mental.
O ODS 3 busca abordar esses fatores para melhorar o bem-estar geral e, desta forma, permitir um tempo de descanso é fundamental para recarregar as energias, melhorar o desempenho e a produtividade em todas as áreas da vida. Em tempos de exigência por alta performance, ter autocuidado pode ser um diferencial competitivo.
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Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma série de metas globais estabelecidas na Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU) que servem para alcançar o desenvolvimento sustentável até o fim desta década. Os ODS tratam de temas importantes à sustentabilidade como a erradicação da pobreza e da fome, o estímulo e garantida da saúde e do bem-estar às pessoas, a promoção da educação de qualidade, a implementação de ações de igualdade de gênero, além de tratar de temas universais como água limpa e saneamento, redução do desmatamento e preservação dos ecossistemas naturais, entre outros.
Em 2024, mais do que nunca, precisaremos construir um mundo mais equitativo e comprometido com a sustentabilidade, trabalhando coletivamente para resolver os desafios globais atuais e criar um impacto positivo nas comunidades locais. Por isso, é fundamental incorporarmos os ODS em nossas resoluções de Ano Novo, fomentando a conscientização e contribuindo com ações que direcionem um futuro melhor para todos e todas. Isto engloba mudanças em nossos comportamentos diários, escolhas de consumo mais responsáveis, participação em atividades voluntárias e defesa de questões relacionadas aos ODS e à Agenda 2030.
Para adotar um ODS no ano novo, seja no seu negócio ou vida pessoal, é preciso fazer uma análise cuidadosa sobre os impactos gerados e quais as práticas que podem ser adotadas para caminhar rumo ao desenvolvimento sustentável. Você pode começar por:
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O Objetivo do Desenvolvimento Sustentável Nº12 (ODS 12) trata sobre Consumo e Produção Sustentáveis, visando assegurar padrões que garantam, até 2030, a gestão e o uso eficientes dos recursos naturais, cuidando os ecossistemas e reduzindo a geração de resíduos sólidos. Somado a isso, as metas do ODS 12 mostram a importância de se adotar práticas mais responsáveis, por parte dos consumidores (sejam eles organizações públicas ou privadas, instituições do terceiro setor ou pessoa física, etc.), de forma a considerar os impactos dos produtos na tomada de decisões de consumo.
Consumidores mais conscientes tendem a elevar seus critérios de compra e buscam por produtos e serviços que sejam mais responsáveis, ambiental e socialmente. Por isso, adotar práticas de consumo consciente pode ter vários benefícios para o planeta, além de inibir gastos com compras desnecessárias.
Ao escolher produtos duráveis e de qualidade, por exemplo, poderemos aumentar o ciclo de vida dos objetos e restringir a quantidade de resíduos gerados. Produtos com menor impacto ambiental, como aqueles feitos com materiais reciclados ou biodegradáveis, reduzem a poluição do ar, água e solo, incentivam a sustentabilidade e tornam os ambientes mais saudáveis.
A preservação do meio ambiente está associada, também, ao processo de fabricação de produtos maneira mais inteligente, a partir de fontes renováveis e que ajudam a preservar os recursos do planeta, como água, energia e outras matérias-primas. Escolher produtos locais e mais sustentável pode reduzir a pegada de carbono associada ao transporte e à produção em larga escala e, com isso, contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
As empresas podem colaborar com consumo consciente através da economia circular, pensando e criando designer de produtos onde os resíduos se transformam em matéria-prima que pode ser reutilizada, reparada ou reciclada, prolongando seu ciclo de vida e evitando o descarte prematuro. Práticas comerciais responsáveis também ajudam no consumo consciente, como a conduta ética em relação aos trabalhadores e o cuidado e desenvolvimento das comunidades locais.
Quer ser mais sustentável neste final de ano? Siga algumas dicas:
O consumo consciente envolve, acima de tudo, buscar informações sobre como nosso poder de compra e o potencial de preservação da vida no planeta. Ao compartilharmos conhecimento sobre práticas mais sustentáveis, como as do ODS 12, poderemos influenciar positivamente as comunidades e promover uma mudança mais ampla, com hábitos de consumo mais consciente. Escolhas individuais, quando multiplicadas em uma escala global, exercem um potencial incrível de causar um impacto significativo na saúde do planeta!
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Sustentabilidade em Pauta
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